Este título não tem nada haver com o livro que foi editado recentemente. Mas têm haver com o evangelho pregado pelos Judas em nossos dias, um evangelho baseado nas riquezas terrenas em detrimento as riquezas celestiais. Tem haver com os pregadores que por onde passam deixam um arrastão de destruição pior que os furações. Tem haver com a exploração demasiada destes mesmos pregadores, no que se refere a dinheiro, na exploração demasiada do seu povo simplesmente porque estes pregadores precisam alimentar o seu luxo pessoal: carros, mansões, aviões particulares, jóias, etc. Tem haver com o povo que está perecendo por falta de conhecimento, pela falta de visão, pois este povo é subjugado por seus líderes que o ameaça com maldições, mortes, etc. Tem haver com a divisão desenfreada das igrejas, pois grandes ministérios estão se dividindo em outros pequenos ministérios, e alguns “descobriram” que pregação do “Evangelho” é um meio rentável para viver. Tem haver com famílias que estão sendo destruídas por um evangelho mentiroso, nojento, sujo, que admite o divórcio e a conseqüente troca do cônjuge como se Deus aprovasse isso. Como se fosse possível Deus ir contra a Sua Palavra. (Sl. 138:2 -…pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome). Tem haver com a mudança de vida que foi substituída por uma mudança superficial, um evangelho na positiva, o qual nunca confronta os seus ouvintes com medo de perder a arrecadação financeira.
Judas foi um discípulo de Jesus. Considerado entre os doze. Era o tesoureiro do ministério de Jesus. Estava entre os doze, vivia entre eles, comia com eles, viajava com eles, ouvia as palavras de Jesus, provavelmente fez sinais e prodígios quando foi enviado por Jesus, chegou a receber virtude e poder sobre todos os demônios e para curar enfermidades (Lc. 9:1,2). Em todos os aspectos era um discípulo de Jesus, ou um Apóstolo de Jesus. Mas a todo o tempo permanecia em seu coração o amor pelo dinheiro, o amor pela riqueza. I Tm. 6:10
Certa vez uma mulher deitou aos pés de Jesus um ungüento caro e Judas reclamou manifestando o seu desagrado por aquele ato dizendo o perfume poderia ter sido vendido e o dinheiro dados aos pobres. João revelou a sua real intenção em seu livro no Capítulo 12 v. 6.
Este mesmo Judas vendo e ouvindo tudo o que Jesus fazia e dizia não teve temor, traindo a Jesus por 30 moedas de prata.
Nota – veja esta nota da Bíblia Online (SBB):
MOEDA DE PRATA
Tetradracma, que valia quatro DRACMAS {Mt. 26.15}.
Calculando-se que um diarista ganhe dez dólares por dia, Jesus foi vendido por 1200 dólares, que era o preço de um escravo {Êx. 21.32}.
Quantos “parentes” de Judas existem em nossos dias, liderando denominações, fazendo da casa de Deus covis de ladrões. Mt. 21:13; Mc. 11:17.
Quantos escândalos são noticiados com toda ênfase por televisões e jornais seculares, que buscam este tipo de informação para difamarem os cristãos. Por quê? Porque as denominações e seus líderes abrem brechas.
Há uma ostentação exacerbada em nossos dias de riquezas, de roupas caras, relógios de ouro, mansões hollywoodianas, aviões a jato caríssimos. Se ouve falar em compras de iates luxuosos. É interessante porque o avião, que normalmente leva vários passageiros, é usado exclusivamente para levar a família do líder máximo ou Apóstolo, não importa o título.
Se todos os comentários sobre as extravagâncias de alguns líderes evangélicos por este mundo afora forem verdadeiros, então poderemos confirmar que a “igreja” se afastou do seu verdadeiro sentido e de sua verdadeira chamada.
Acho interessante que eles dizem que Deus lhes deu um projeto, que Deus lhes mandou fazer alguma coisa; ora, se Deus mandou que se fizesse alguma coisa não seria evidente que Ele enviaria recursos de alguma maneira? O que fazer? Se Deus deu o projeto certamente Ele enviará os recursos, talvez até usando os irmãos. Mas como o projeto é de Deus os meios que Ele vai usar são de responsabilidade Dele. Então é necessário esperar em fé o tempo necessário. Mas é o que vemos? Com certeza não!
Iniciam um processo desenfreado de pedir dinheiro, a torto e a direito. Os pastores locais são forçados a coletarem mais dinheiro, a dar além do habitual, o que é normal em todas as igrejas que possuem congregações, dízimos e ofertas, ainda precisam dar comparticipações, ofertas especiais, ofertas extras, e então vem um processo de pressão psicológica para o aumento das finanças, uma pressão desenfreada do uso da fé para arrecadação de dinheiro. As salvações não tem mais valor e se uma igreja local não der “lucro” é fechada, o povo que se vire a busca de outro local para reuniões, ou mesmo de outra denominação.
O povo é instruído a viver com simplicidade para ofertar mais. Os pastores locais são orientados a viver pela fé, de uma maneira muito simples, para não onerar a congregação local, desta forma poderão dar mais dinheiro à igreja matriz. Isto vira um ciclo interminável. Os líderes máximos jamais diminuem seu padrão de vida, pelo contrário, aumentam cada vez mais.
Os tele-evangelistas dizem que Deus os colocou ali, mas gastam boa parte do tempo de antena pedindo dinheiro para pagar o programa. Pessoas são orientadas a contrair dívidas usando o seu cartão de crédito, ou fazendo carnês com nomes de personagens bíblicos, ou solicitando um boleto como patrocinadores, entre outras coisas, são orientadas a gastar mais e mais e a se endividar para sustentar estes ministérios. Não estou falando acerca de dízimos e ofertas, os quais devem ser “obrigação” de todo verdadeiro cristão, estou falando dos excessos criados por certos ministérios para a arrecadação desenfreada de dinheiro.
Se o destino do dinheiro arrecadado fosse semelhante à Igreja Primitiva, onde não havia necessitados e tudo era em comum, que benção seria. Como seria bom se pudéssemos voltar aos tempos da Igreja do I Século. Mas com certeza a distância entre a igreja do XXI Século e a igreja do I Século é gigantesca. Não há semelhanças.
At. 2:42-47 – Este é o modelo de Igreja ideal.
At. 3:6 – Diferença entre os apóstolos atuais e os apóstolos da igreja primitiva.
É necessário ter dependência do Espírito Santo, uma fé inabalável que Deus suprirá todas as necessidades – Fp. 4:19.
Muitos líderes utilizam versículos para reforçar a arrecadação de ofertas extras, especiais, etc… E porque a Palavra de Deus é verdadeira para todo aquele que nela crer, também é verdadeira e funcionará se estes líderes crerem mais nesta Palavra e deixarem de usar estes métodos de exploração que tanto o mundo recrimina e que acarreta em muitas pessoas uma repulsa à pregação do Evangelho.
Ao lermos jornais do Brasil, Portugal, Angola, Estados Unidos, não importa o país, vez por outra, surgem matérias mostrando a ostentação e riqueza de certos líderes evangélicos, trazendo escândalo a causa do Evangelho.
Muitos querem se comparar ao papa, ou mesmo a traficantes, dizendo que se eles têm riquezas e todos os meios disponíveis à sua causa, porque os cristãos também não podem tê-los? Seria muito bom que os cristãos tivessem os meios necessários para pregar o Evangelho, o que não está correto é que numa instituição onde exista milhares de pessoas trabalhando para o mesmo fim apenas um homem e sua família usufruam de toda a riqueza obtida e outros muitas vezes vivem numa penumbra que até mencionar dói. Ou, ainda, que prédios sejam fechados porque os pastores não atingiram alvos financeiros, porque não se auto-sustentam. Conheço inúmeros de pessoas que perderam a sua fé, porque o local onde se reuniam foi fechado simplesmente porque a arrecadação financeira da igreja local era insuficiente face às despesas.
Outras ainda são obrigadas a fazer bazar de roupas usadas para poderem se sustentar e pagar o aluguel do prédio, porque a sede, ou matriz, ou administração central não complementa o que for necessário. Assim as roupas que deveriam ser doadas para as pessoas mais carentes são vendidas para poderem ajudar a custear as despesas, enquanto os líderes máximos gastam milhares de reais, ou dólares, em seus luxos pessoais: viagens de férias, hotéis 5 estrelas, e outros caprichos que nem valem a pena mencionar de tão sórdidos que são.
Estes homens deixam de ser homens de Deus, apóstolos de Jesus Cristo e passam a ser verdadeiros homens de negócios, tratando igrejas e pessoas como bens e mercadorias que tem preço.
O alerta de Jesus Cristo (Mt. 21:13; Mc. 11:17) continua tão válido hoje como no dia em que foi feito.
O fim de Judas foi muito triste, traiu o Salvador do mundo, traiu seus companheiros de ministério, perdeu sua salvação, foi tomado por Satanás e foi condenado eternamente ao inferno. Vendeu o seu Senhor por 30 moedas de pratas.
Quantos hoje não têm vendido o Senhor, por algumas moedas de pratas, ou mesmo por alguns milhares de dólares.
Quando, um dia, chegarem diante do Senhor a prestar constas dos seus atos ficarão surpresos com o veredicto de Jesus Cristo: Mt. 7:21-23
Vidas são trocadas por dinheiro. Há ministérios, não vou citar nomes por questão de ética, que são verdadeiros arrastões. Por onde passam deixam um rastro de destruição indescritível. E por não poderem voltar onde passaram procuram novas nações para provocar a mesma coisa que fizeram anteriormente.
Mt. 7:20 – “Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”.
Atente ao alerta de Jesus Cristo, veja a motivação destes lideres, analise tudo de acordo com a Palavra de Deus. Não pereça porque lhe faltou visão ou conhecimento. Leia a Palavra de Deus. Cuidado com promessas de enriquecimento rápido, com promessas que tudo vai melhorar.
O Evangelho pregado por Judas sempre vai melhorar, haverá riquezas, haverá abundância, mostra sempre um excesso de riquezas, testemunhos de pessoas que nada tinham e de repente estão milionários. Vi muitos testemunhos assim, pessoas conhecidas na TV dando testemunhos de enriquecimento porque fizeram isso ou aquilo, mas na realidade o testemunho era falso, pois estas pessoas estão numa situação financeira terrível. Cuidado!
A Bíblia diz em Mt. 6:19-20 – Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam.
E mais em Mt. 6:21 – Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Muitos pessoas vêem no evangelho uma possibilidade de enriquecemento e de barganhas com Deus. Por isso muitos há que aproveitem desta ganância para atrair a si este povo com promessas tiradas de meia dúzia de versículos, baseados numa oratória perfeita, fazendo verdadeiras fortunas com promessas que jamais serão cumpridas.
Em todo o tempo é preciso separar o verdadeiro do falso. E é somente através da Palavra de Deus que teremos meios de descobrir o que é verdadeiro e falso.
O verdadeiro Evangelho traz libertação, cura, prosperidade. Mas prosperidade não quer dizer necessariamente ter riquezas, pois é ter todas as necessidades supridas pelo poder de Deus, ou seja, pela fé. E para isso não tem que fazer barganhas ou fazer carnes disto ou daquilo.
Os meios que Deus instituiu para os seus filhos estão muito bem descritos em sua Palavra. Na realidade tudo é de Deus, tudo pertence a Ele, e é assim que deve ser, somos apenas mordomos do que pertence a Deus. Por isso precisamos ser bons administradores. Um bom administrador consegue distinguir entre quem é confiável e quem quer apenas apropriar do que não lhe é devido. Dízimos (Ml. 3:10), ofertas (Mt. 2:11; Fp. 4:18) são meios instituídos por Deus para que a Sua obra possa ser feita, possa ser suprida. Devolvemos parte daquilo que Deus nos deu para administrar, não por ganância ou porque iremos receber alguma coisa de volta, mas damos por amor a Jesus e ao Evangelho.
Mc. 10:29-30 – Isto tudo é por amor, são dádivas de amor. Não é uma aplicação, como num banco, damos porque amamos o evangelho e queremos que vidas sejam salvas, arrancadas do inferno. O dinheiro dado a Igreja sustenta a obra, sustenta os obreiros (digno é o obreiro do seu salário), sustenta missionários, paga aluguéis de salões, água, luz, telefone, etc… É para que a obra se propague e cresça.
Agora quando vemos excessos dos líderes, carros de 100.000 dólares, casas 3.000.000 de dólares, aviões custando milhões de dólares, e por ai afora alguma coisa está errada.
“A igreja hoje está trabalhando com todos os seus recursos para este fim e para este propósito? Se estiver, certamente não caberá o acúmulo egoístico de propriedades e riquezas além do que realmente precisamos”. Será que em nossos dias cabe a construção de catedrais, será que em nossos dias cabe a construção de mansões para alguns pastores, será que em nossos dias cabe o egoísmo? Todos os recursos devem ser empregados para a salvação de vidas, para o treinamento de obreiros e para o envio deles aos quatro cantos desta terra.
A igreja é um conjunto de pessoas, composta por uma liderança múltipla, não é propriedade de uma pessoa, nem deve estar sobre apenas um líder supremo. Sim, o único Líder Supremo da Igreja e Senhor é Jesus Cristo e não um homem! Porque se este homem errar toda a igreja irá sofrer. Normalmente esses Judas tornam-se verdadeiros ditadores e não aceitam a correção de ninguém. Comparam-se a Moisés, um libertador, assim todos aqueles que lhes são contrários estão sujeitos as pragas do Egito. Mais uma vez, Cuidado! Moisés é uma figura de Jesus Cristo. Foi escolhido por Deus como libertador de Israel: Êx. 33:11; Dt. 34:10.
Precisamos ter muito cuidado com excessos, pois, muitos em seus excessos têm causado grande dano à causa de Cristo, provocando escândalos e afastando muitos do caminho do Senhor.
Nenhum destes que se assemelham a Moisés podem realmente fazê-lo. Moisés não fazia nada por si mesmo, nem tomava decisões sozinho. Ele ouvia a Deus em primeiro lugar, pois Deus lhe falava face a face, havia um tratamento diferente entre Deus e Moisés. Hoje temos a palavra de Deus (a Bíblia), temos o Espírito Santo que fala de diferentes maneiras a diferentes tipos de pessoas. Mas ninguém pode dizer que está diante de Deus como Moisés, pois a própria Bíblia diz que nunca mais ouve outro como ele.
Os Judas para justificarem seus excessos dizem que são pessoas com uma chamada especial de Deus, e como são bons em convencer outros, durante anos conseguem obter êxito. Mas quando são confrontados, ou mesmo quando são requeridos por causa de sua riqueza pessoal, adquirida pelas ofertas recebidas do povo de Deus, alegam perseguição religiosa.
Quando Davi pecou, Deus lhe deu escolhas: Cair nas mãos dos seus inimigos, ou ser punido pelo próprio Deus. Davi escolheu ser punido pelo próprio Deus, pois sabia de Sua misericórdia. Cair nas mãos de seus inimigos seria o seu fim, pois eles não lhe poupariam. Judas caiu nas mãos dos inimigos e eles não o pouparam.
Se estes homens não se arrependerem dos seus pecados, de sua maneira de viver, deixando de aproveitar as oportunidades que Deus tem dado em sua misericórdia, poderá não haver mais chances quando caírem nas mãos dos inimigos. (Hb. 3:15).
Deus tem enviado a Sua Palavra, dando tempo a que todos se arrependam dos seus pecados e tenham a sua vida transformada pelo Seu poder.
Que Deus tenha misericórdia!
Ao Senhor seja a Glória!