Esse é um tema que nos últimos anos tomou um sentido bem diferente do original, entretanto o efeito de pilhar, roubar, sacar, continua o mesmo.
A pirataria que eu quero abordar nesse artigo é a imitação barata, grosseira, de Jesus, do evangelho e do espírito, existentes em nossos dias e que tem formado uma geração de pessoas anoréxicas e bulímicas, completamente afastadas da realidade, da perfeição da vida cristã.
Não vou gastar o meu tempo ou do querido leitor falando acerca do tipo de pirataria moderna, apesar de concordar em gênero, número e grau com o combate à criminalidade e aos efeitos que essa prática tem causado na vida dos cidadãos honestos e trabalhadores. Por outro lado os preços praticados pelos fabricantes e comerciantes das mercadorias “originais”, em muitos casos, são altíssimos, impossibilitando ao simples trabalhador ter acesso. Isso ocorre com os CD´s, DVD´s, Livros evangélicos, tornando-se num mercado riquíssimo e altamente rentável.
Vejamos a definição de pirataria pelo Site Wikipédia:
Um pirata (do grego πειρατής, derivado de πειράω “tentar, assaltar”, pelo latim e italiano pirata) é um marginal que, de forma autônoma ou organizado em grupos, cruza os mares só com o fito de promover saques e pilhagem a navios e a cidades para obter riquezas e poder. O estereótipo mais conhecido do pirata se refere aos Piratas do Caribe e cuja época áurea ocorreu principalmente entre os séculos XVI e XVIII.
Pirataria ou pirataria moderna, como alguns denominam, é a prática de vender ou distribuir produtos sem a expressa autorização dos proprietários de uma marca ou produto. A pirataria é considerada crime contra o direito autoral, a pena para este delito pode chegar a quatro anos de reclusão e multa.
Os principais produtos pirateados são roupas, calçados, utensílios domésticos, remédios, livros, softwares e CDs. A pirataria, considerada por muitos especialistas como o crime do século XXI, atualmente movimenta mais recursos que o narcotráfico. O crime é financiado, em sua maioria, por grandes grupos organizados e máfias internacionais.
Além de poder frustrar o consumidor nos quesitos qualidade, durabilidade e eficiência, a pirataria de certos produtos, como remédios, óculos de sol e bebidas, por exemplo, pode representar sérios danos à saúde do consumidor.
No âmbito econômico, a pirataria é um grave problema. Em 2001, de acordo com a Business Software Alliance, a prática ilegal custou à economia global mais de US$ 13 bilhões em impostos, valor que beneficiaria toda a sociedade. Além do mais, centenas de milhares de empregos deixam de ser criados.
Paulo, o apóstolo, alertou a Igreja de Coríntios para esse grave problema, vejamos:
Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis. II Coríntios 11:4
Neste mundo moderno, sobretudo nos últimos anos, megas denominações deram e ainda continuam dando títulos eclesiásticos a tudo e a todos. Isso tem levado a um crescente numero de pessoas despreparadas para executar tais funções, pois muitos são neófitos (novos na fé), sem passar por uma experiência profunda com Deus, nunca “viram” o Senhor, conhecendo-o apenas de ouvir falar e não de andar com Ele.
Ainda existem muitos seminários teológicos, que dão títulos a qualquer um que esteja disposto a pagar as mensalidades e a passar nos exames propostos, formando uma legião de bacharéis em teologia que podem executar a função de pastor, mesmo que nunca tenham nascido de novo. Ainda podemos somar os diplomas eclesiásticos vendidos pela internet, e o movimento gospel que agencia cantores (supostos ministros de louvor) que lançam de si lama e lodo em formato de música e que contaminam a maioria dos ajuntamentos religiosos a quem chamam de igrejas, ou mesmo os shows em que arrastam multidões para “louvar a Jesus”. Como podemos ver a lista da pirataria é muito grande.
Assim sendo, qualquer um está apto a criar uma denominação, dando o nome que quiser, arrastando poucos ou multidões atrás de si.
Resultados:
– rebeliões
– proliferação de denominações
– exploração da fé
– enriquecimento ilícito
– escândalos
– etc…
Provocando:
– esfriamento da fé
– feridos em nome de Deus
– traumas
– etc…
Esses tais tornam os membros das suas denominações vulneráveis por ordenar que os crentes façam coisas surpreendentes, tudo em nome de serviços de libertações, curas, prosperidades, etc. Suas travessuras excêntricas e questionáveis violam leis bíblicas e humanas. Mas o único problema é que ninguém reclama, e todas estas ovelhas migram para essas denominações voluntariamente, alimentando o ego e a sede de poder desses tais.
Por usarem o nome de igrejas evangélicas, terem títulos eclesiásticos como: pastores, profetas, apóstolos, a maioria das pessoas confundem e incluem essas seitas no rol dos evangélicos ou cristãos, mas não o são, na realidade são sinagogas de satanás. Fazendo uma analogia de Apocalipse 3:9 – Vejam o que farei com aqueles que são sinagoga de Satanás e que se dizem judeus e não são, mas são mentirosos. Farei que se prostrem aos seus pés e reconheçam que eu amei você. – assim são esses tais, fingem que são evangélicos mas são mentirosos e são anátemas (II Coríntios 11:4) pois enganam o povo com um falso evangelho, falso Jesus e falso espírito.
Esses tais são verdadeiros piratas que saqueiam famílias, casamentos, jovens, promovem descaradamente o pecado dando ares de santidade, fazendo comum ao que Deus abomina.
Como os piratas são violentos, inicialmente apresentam uma imagem amiga, consoladora, alguém que vem dar a mão, mas ao cativar a atenção daqueles que os assistem (vítimas), promovem o saque e os tornam reféns, através de ameaças, medo, jugo, manipulação, impondo uma cadeia de comando (autoridade) exacerbada que está mais para ditadores do que para pastores.
O próprio Jesus nos alertou sobre esses em Mateus 7:21-23 –
“Nem todo aquele que me diz:
‘Senhor, Senhor’,
entrará no Reino dos céus,
mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia:
‘Senhor, Senhor,
não profetizamos nós em teu nome?
Em teu nome não expulsamos demônios
e não realizamos muitos milagres? ’
Então eu lhes direi claramente:
‘Nunca os conheci.
Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal! ’ “
Jesus declarou que eles pregam o evangelho, profetizam no nome Dele, até expulsam demônios, mas são praticantes da iniquidade e como tais levam o povo a apostasia, a um esfriamento nunca visto, fazem com que os verdadeiros cristãos sejam odiados, ainda mais do que já são, pelo mundo.
Há uma máxima que diz:
Se não julgarmos a nós mesmos,
o mundo nos julgará
Se não houver arrependimento,
Deus nos julgará
Mas se houver coração endurecido
o governo julgará
Leia I Cronicas 21, Davi contrariou uma ordem do Senhor e por causa disso Deus lhe deu três escolhas:
- Ou três anos de fome,
- Ou que três meses sejas consumido diante dos teus adversários, e a espada de teus inimigos te alcance,
- Ou que três dias a espada do Senhor, isto é, a peste na terra, e o anjo do Senhor destrua todos os termos de Israel
Então disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; caia eu, pois, nas mãos do Senhor, porque são muitíssimas as suas misericórdias; mas que eu não caia nas mãos dos homens.
Da mesma maneira, hoje, Deus dá a escolher a esses tais, ainda dá tempo para arrependimento, para uma profunda mudança de atitude e para isso Deus está usando os seus verdadeiros servos, profetas verdadeiros, para trazerem correção a essa geração, antes que seja tarde. A Palavra de Deus está a disposição para servir como modelo, como parâmetro aceitável, não podemos ter medo de ser rigorosos na escolha de quem será nosso pastor, na escolha de quem cuidará da nossa vida. O modelo de Deus está estabelecido basta compararmos esses tais a Bíblia e rejeitar abertamente todo aquele que não cumprir os requisitos, a escolha é sua.