Uma intensa batalha é travada diariamente pelos filhos de Deus e por todos aqueles que estão predestinados e eleitos por Deus à salvação.
O Espírito Santo intercede com gemidos inexprimíveis, e com tal ardor que não há palavras que o possam exprimir, a criação geme, os verdadeiros homens de Deus sentem dores de parto para que Cristo seja formado em cada um dos que herdarão a salvação.
Nós podemos fazer alguma ideia da intensidade através da Palavra de Deus:
Romanos 8:22,23
Pois sabemos que toda a criação geme e sofre como que dores de parto até o presente dia.
Não só ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos em nós mesmos, aguardando a adoção, a redenção do nosso corpo.
Romanos 8:26
E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.
Gálatas 4:19
Filhinhos meus, por quem de novo sinto dores de parto, até que Cristo seja formado em vós,
Por nós Jesus Cristo foi tido como como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, não havia boa aparência nele para que o desejássemos, foi desprezado, o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos; os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não faziam dele caso algum. (Isaías 53:2,3). No Getsêmani Ele suou gotas de sangue, foi humilhado publicamente, condenado a morte mais violenta e vexatória que existia, no ápice da cruz sentiu-se desamparado, Ele que foi denominado pelo profeta Isaias de: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Isaías 9:6). Contudo ele tomou verdadeiramente sobre si as nossas enfermidades; e os nossos sofrimentos pesaram sobre ele. Pensámos que era afligido, castigado por Deus, humilhado! Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e esmagado pelas nossas culpas! Foi castigado para que pudéssemos ter paz; pelas suas feridas fomos sarados. (Isaías 53:4,5)
Que direito temos nós de desprezarmos isso e querermos continuar a viver em pecado, deliciando-se com pensamentos impuros, falando impropérios como se bons comunicadores fôssemos, desprezando nossos semelhantes e tratando animais como filhos enquanto nossos irmãos vivem nos sepulcros, nos lixos, exatamente aqueles por quem a natureza geme?
Nossa geração está cercada de uma quantidade imensa de testemunhas, que vieram antes de nós, que, embora tendo tido a prova de que Deus tinha satisfação neles, não receberam o que Ele lhes tinha prometido. Porque Deus tinha reservado para nós coisas melhores, e queria que eles viessem também a participar delas juntamente conosco. Pessoas que pela fé conquistaram nações, praticaram a justiça, obtiveram a realização das promessas, fecharam a boca de leões, anularam a força do fogo, escaparam de morrer à espada, da fraqueza tiraram forças, foram valentes nas batalhas, fizeram recuar exércitos de estrangeiros. E houve mulheres que receberam os seus entes queridos ressuscitados. Outros foram torturados, preferindo morrer a ficarem livres, porque esperavam que pela ressurreição alcançariam uma vida melhor, outros foram ridicularizados, açoitados, acorrentados em prisões. Até morreram apedrejados; serrados ao meio; outros foram tentados a renegar a sua fé, acabando por serem mortos à espada. Houve os que andaram vagueando pelos desertos e pelas montanhas, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, escondendo-se em covas e em cavernas, sem amparo, perseguidos e maltratados – o mundo não era digno deles. (Hebreus 11:33-39)
Visto que estamos rodeados por uma tão grande multidão de testemunhas, vidas que são exemplos da fé, devemos deixar tudo o que nos embaraça, tudo o que nos atrapalha, todo o impedimento e acima de tudo o pecado que nos envolve tão de perto, das cadeias do pecado, para corrermos com perseverança, com paciência, a corrida, a maratona, a carreira que nos foi proposta, com os olhos fitos, fixos em Jesus, já que Ele é a fonte da nossa fé e aquele que a aperfeiçoa.
Jesus Cristo, pela alegria que lhe estava reservado, suportou a cruz, aceitou a humilhação, vindo a sentar-se no lugar de maior honra à direita do trono de Deus. Pensem bem em tudo aquilo que Ele suportou da parte dos pecadores, para que nenhum de nós venhamos a enfraquecer, nos desencorajando. No fundo ainda não chegamos, como Ele, a verter o nosso sangue na luta contra o pecado (ainda que muitos de nossos irmãos, em nossos dias, no século 21 estejam sendo perseguidos e mortos por causa da sua fé).
Não podemos nos esquecer das palavras de ânimo que Deus nos dirige como a filhos: “Meu filho, não despreze a correção do Senhor, e não desanime quando lhe mostrar que está errado”. Porque o Senhor corrige aquele a quem ama, e castiga aqueles que reconhece como seus filhos.
Deixemos que Deus nos discipline; porque isso só prova que Ele nos trata como filhos. Pois não é normal que um pai corrija o seu filho? Se Deus não nos corrigisse, isso poderia ser sinal de que afinal não seriamos Seus filhos; seriamos como filhos ilegítimos. (Hebreus 12:1-7)
Mesmo em meio a tanta apostasia, em meio a tantas heresias, nossa geração tem a obrigação de ser luz no meio das trevas (verdadeiros holofotes em meio a tanta escuridão), de ser sal para não só dar o tempero necessário, mas, também, evitar que haja deterioração total.
Devemos nos lembrar que O Espírito Santo intercede com gemidos inexprimíveis, e com tal ardor que não há palavras que o possam exprimir, a criação geme, os verdadeiros homens de Deus sentem dores de parto para que Cristo seja formado em cada um dos que herdarão a salvação.