Muitas pessoas estão enterrando seus ministérios, suas chamadas, por diversos motivos: adultérios, decepções, frustrações, perseguições, péssimas lideranças, por terem sido feridos “em nome de Deus”, etc.
Quantas pessoas verdadeiras estão ou foram decepcionadas por seus pastores líderes, a tal ponto, que não conseguem mais ter confiança em quem quer que seja para continuar no desenvolvimento de seu ministério e abandonam tudo, deixam o tempo e dedicação integral, voltam ao nível de membros pura e simplesmente, outros se tornam desigrejados[i] – não conseguindo mais participar de qualquer igreja.
Nos últimos dias muitos tem sido derrotados pelo sexo ilícito e pelo dinheiro, mesmo que continuem a desenvolver o seu ministério como se nada tivesse acontecido, esses já foram rejeitados por Deus.
Por outro lado, a proliferação de denominações[ii] é um mal que tem sido difundido no seio da igreja, e elas trazem consigo lideres abusivos, egocêntricos, ego maníacos, os quais no afã de crescimento elege qualquer um, dando títulos de apóstolos, bispos, pastores, etc. Nessa turba de nomeados existem aqueles que são sinceros, que têm chamada de Deus, são verdadeiros, mas foram enganados quando entraram para essas denominações e acabaram enterrando sua chamada quando descobrem a verdade.
O que é um TALENTO?
- Intelecto notável, que se afirma por méritos excepcionais. Aptidão, capacidade inata ou adquirida. “Tem muito talento para os negócios”. “Indivíduo talentoso”
- Peso da antiga Grécia e de outros povos orientais. Unidade monetária da antiga Grécia, representando o valor de uma quantia em ouro ou prata do peso de um talento
1) Medida de peso igual a 34,272 kg {#2Sm 12.30}. É igual a 3000 siclos ou 60 MINAS. Em #Ap 16.21 o talento é igual a 40 quilos.
2) Peça de ouro ou prata usada como dinheiro {#2Rs 18.14} e que nos tempos do NT era equivalente a seis mil DRACMAS {#Mt 25.15}. Calculando-se que um diarista ganhe dez dólares por dia, um talento de prata valeria 60000 dólares.
3) 1 talento de ouro = 40kg = USD 1,660 milhões
Essa aptidão e tão importante que Jesus sugeriu uma parábola usando a medida financeira em Mateus 25:15. Exemplificou dizendo que alguém ia se ausentar e por isso dividiu seu tesouro para que não ficasse parado e pudesse render enquanto estivesse fora. Chamou homens de sua confiança e a um deu cinco talentos, a outro deu dois talentos e a mais um deu apenas um talento. Os que ganharam cinco e dois talentos foram e dobraram o que receberam, no entanto, o que recebeu apenas um acabou enterrando com medo do seu senhor. Quando o tal homem retornou pediu a prestação de contas, os que dobraram receberam recompensa e o que enterrou devolveu o que tinha recebido, sem o cuidado de dar algum juro, recebeu uma punição severa.
O que isso nos diz?
Deus, através de Jesus Cristo, confiou a cada um de nós medidas diferentes, segundo a capacidade de cada um, esperando retorno. Ele ofereceu meios para que nossas chamadas, nossos ministérios pudessem ser desenvolvidos da melhor maneira possível. Podemos imaginar que essas lideranças eclesiásticas, que governam as denominações, sejam banqueiros, corretores de valores, pessoas qualificadas a nos ajudar a aumentar o tesouro que cada um de nós recebeu do nosso Senhor.
Da mesma forma que agimos, quando temos nosso dinheiro em um banco e esse banco não corresponde as nossas expectativas, temos a liberdade de trocar de banco, não ficaremos insistindo no erro, não queremos perder. Ao sabermos que o banco está falhando não podemos ser coniventes com o erro, caso contrário poderemos perder totalmente o que conseguimos amealhar. Assim também quando a liderança eclesiástica não corresponde as nossas expectativas, ou seja, não são motivos para imitação, como o Apóstolo Paulo afirmava, podemos e devemos trocar de liderança, sem medo de sermos rebeldes.
Quando chegarmos diante do Senhor não poderemos vir com evasivas, com desculpas, como esse fez: “Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; e, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.” Poderíamos parafrasear: “Senhor, aquele pastor foi terrível, esquizofrênico, magoou meu ego, feriu meus sentimentos, pisou em mim e em minha família, nos fez passar fome, me humilhou, pressionou para ter resultados financeiros, as salvações para ele não tinham valor só o dinheiro, por isso fiquei escandalizado e desisti de tudo, agora devolvo o que me deu, toma o que é teu”.
Vejo muitas pessoas com todas as evasivas possíveis, tentando justificar o comportamento, a raiva, a decepção que sentem por terem sido “abusados” espiritualmente por esse lideres, mas, mesmo assim, não justifica, em hipótese alguma, o comportamento de abandono dessas pessoas, nosso maior compromisso é com o Senhor, o dono da seara, o dono do ministério, o dono da Igreja e a Ele vamos prestar contas.
É interessante como o [iii], outro fator de abandono para alguns, tem sido tratado como um pecadinho, sem muita importância. Só para lembrar:
“Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus.” (I Coríntios 6:9-10)
“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará.” (Hebreus 13:4)
Pecado deve ser confessado, abandonado. Não deve e não pode ser o fim. Elimine a causa de sofrimento e de acusação, seja tratado, limpo e retorne ao Senhor enquanto ainda há tempo.
As injustiças sofridas devem ser perdoadas, colocadas diante de Deus, seja curado dessas feridas e procure uma igreja que respeite as pessoas, um líder que ame e respeite os seus liderados, um lugar em a Palavra de Deus é vivida.
Desculpas e evasivas, permanecer no pecado, só levará a sentença final e ouvirá naquele dia: (Mateus 25:26-30)
“Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei; devias, então, ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o que é meu com os juros.
Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver, até o que tem ser-lhe-á tirado. Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes.”
[i] Os Desigrejados – https://www.andandonagraca.org/site/?p=2458
[ii] O Perigo da Edificação de uma Denominação: https://www.andandonagraca.org/site/?p=176
[iii] A Face Oculta do Adultério: https://www.andandonagraca.org/site/?p=2499
Igreja Celebrando o Adultério: https://www.andandonagraca.org/site/?p=1573
Quanto Vale um Casamento?: https://www.andandonagraca.org/site/?p=474
Manifesto Pela Família: https://www.andandonagraca.org/site/?p=7