Brasil, Janeiro de 2011, mais de 500 mortos no Estado do Rio de Janeiro em decorrência das fortes chuvas, sendo a maior tragédia climática da história do País. Uma tragédia anunciada, pois todos os anos tragédias climáticas se sucedem e as autoridades governamentais se limitam a fazer belos discursos, porem sem nenhuma prática. Será esse um tempo de festa?
A pouco mais de quatorze dias atrás o ano de 2011 iniciou e como é de praxe milhões de pessoas em todo o mundo comemoraram essa data, cada um à sua maneira.
No Brasil, pessoas, aos milhares de milhares, foram às praias oferecer suas vidas e suas oferendas a deuses seguindo rituais antigos e muitos foram levados por outros que disseram que assim tinha que ser. Poucos dias depois entregarão as cidades a outros deuses porque logo chegará o carnaval, uma festa pagã, da carne, onde misturam orgias, depravações, danças, bebidas, durante cinco dias. Será esse um tempo de festa?
Em um País onde os políticos aumentam os seus salários, recebem sem trabalhar e quando o fazem, legislam em causa própria. Onde os governantes não vêem nada e não sabem de nada. Será esse um tempo de festa?
Na Europa é cada vez mais notório o afastamento de Deus e o aumento do ateísmo, com exceção de Portugal, onde existe muitas denominações evangélicas. Mas nesse mesmo País os casos de pedofilia é assustador e tem sido noticiado efusivamente na mídia, também o aumento de divórcios é apavorante e se tornou tão banal que bastam alguns cliques pela internet, em segundos, o casal está legalmente separado. Será esse um tempo de festa?
A Europa vive imersa numa crise financeira, mesmo com a União Européia, com moeda única, as nações estão em crise, desemprego, falta de dinheiro, falta de perspectiva. Enchentes, nevascas, frio intenso, calor intenso, incêndios florestais.
Os Estados Unidos perdem cada vez mais força, imerso em crises financeiras, crises morais, em guerras inúteis. Por sua vez a China, comunista, cresce vertiginosamente, usando mão de obra escrava, pagando pouco ou quase nada a seus empregados. Será esse um tempo de festa?
Na África a bruxaria, que tinha recuado em alguns países por causa do avanço do Evangelho, tem voltado com força e preocupado muitas autoridades governamentais. A AIDS, doença do sono, malária, matam milhares de pessoas anualmente. Adultério, prostituição infantil, escravidão, afligem as famílias. Guerras, corrupção, falta de distribuição de renda são outros fatores que fazem os povos sofrerem. Será esse um tempo de festa?
O mundo vai de mal a pior. Leis são criadas em várias nações dando legitimidade aquilo que é expressamente contrário a Palavra de Deus, chamando cristãos, os filhos de Deus, de homofóbicos, sendo que como o nosso Deus, amamos os pecadores, porém aborrecemos a prática do pecado e queremos que todos os homens e mulheres venham ao conhecimento da verdade. Será esse um tempo de festa?
Quando olho para a igreja de um modo em geral e vejo essa mesma igreja envolta em festas, galas, de todo o tipo, celebrando o prazer pelo prazer, buscando entretenimento, levando o povo a pensar que tudo está bem e por isso é momento de celebrações, o meu coração chora, clama e a cada dia fica mais aflito.
Não posso deixar de me lembrar do profeta Joel, que conclamou o seu povo (leia o capítulo 2) a clamar, a jejuar, a chorar diante de Deus para que fosse mudada a situação da nação.
Quando vejo os “sacerdotes” chamando o seu povo à festa do branco e preto, do ridículo, do caipira, junina, entre outras, até as mais “espirituais” como as festas judaicas deixando transparecer que tudo vai bem e estamos efetuando grandes conquistas, não posso deixar de pensar em outros profetas do Senhor que se contorceram ao ver o povo de Deus dançar, cantar, festejar quando tudo à sua volta estava em grande destruição.
A igreja de nossos dias se contenta com tão pouco ou quase nada do Espírito de Deus. A grande preocupação de muitos “sacerdotes” é com o que ganham e com o que deixarão de ganhar se realmente forem sacerdotes, profetas, pastores do Deus altíssimo e assim tiverem de confrontar o pecado e o pecador de frente.
Jesus nos prometeu: Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai (João 14:12). Ora esta igreja dos nossos dias não está fazendo as mesmas obras que Jesus fez e como é obvio nem as maiores. Alguns poucos crêem e já nos damos por satisfeitos. Alguns pouquíssimos são curados e logo se faz um grande alarde. Será esse um tempo de festa?
A quantidade de apóstolos em nossos dias é fenomenal, no entanto nenhum se assemelha a Paulo ou a Pedro, nem nos milagres, nem tão pouco no poder, muito menos na vida e no caráter. Sequer chegam próximos dos diáconos da igreja primitiva.
Então o que há para celebrar? Por que tanta necessidade de festas? As pessoas ao nosso redor caminham a passos largos para o inferno e todos os dias tragédias acontecem em toda parte. Algumas gigantescas como a do Haiti, ou o tsunami na Ásia há alguns anos atrás. Mas temos tragédias como à pedofilia, adolescentes e crianças grávidas, jovens no álcool e nas drogas, divórcios, corrupção desenfreada. Repito: o que há para celebrar?
Não creio que seja tempo de festa, mas tempo do povo de Deus se reunir e clamar ao Senhor. Pelo que? Avivamento e Colheita
– Em primeiro lugar por um avivamento genuíno da parte de Deus para a igreja. Um despertamento e um retorno aos princípios da Palavra de Deus, pois esse povo tem deixado o Senhor à fonte das águas vivas (Jeremias 2:13) e tem se aproximado demais de mundo e buscado muitos dos seus modelos que são desprezíveis e imprestáveis.
– Em segundo lugar, uma vez que a igreja esta viva novamente, uma grande colheita de vidas. Homens e mulheres sendo salvos pela pregação poderosa da Palavra de Deus.
A Palavra é como fogo, martelo e espada. O fogo queima, o martelo despedaça e a espada penetra profundamente discernindo pensamentos e emoções. É como se o coração das pessoas fosse capim seco e as palavras que saem da boca do pregador como fogo, logo haverá um grande incêndio. É impossível alguém ficar na mesma quando a Palavra de Deus é pregada em demonstração de Espírito e Poder (I Coríntios 2:1-5).
Quando houve o derramamento do Espírito Santo sobre os irmãos no início da Igreja, em sua primeira mensagem o Apóstolo Pedro citou o profeta Joel e o Capítulo 2 do seu livro. E da mesma maneira, hoje, para que possamos também experimentar da mesma intensidade que eles experimentaram, precisamos agir da mesma forma. Não é hora de festas, é hora de clamor, é hora de oração, é hora de jejum, é hora de buscar o Senhor.
Não é para todos, é somente para aqueles que O desejam de todo o coração, somente para aqueles que O amam, para aqueles que não se conformam com esta situação, nem com o que acontece a sua volta.
A Palavra de Deus está se cumprindo e vemos o ciclo se fechando, Jesus está voltando. Não sabemos dia nem hora, mas os fatos nos mostram que a Palavra se cumpre a cada dia. Sabemos que antes de Sua vinda a operação do iníquo acontecerá e tudo está sendo preparado, basta verificar as noticias. Precisamos estar preparados. Ninguém que se alista para a guerra cuida mais do que é seu (II Timóteo 2:4).
Não estamos em tempos ou horas de festas, mas de cumprirmos a Palavra de Deus. Joel 2:12-17
Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto.
E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência e se arrepende do mal.
Quem sabe se se voltará, e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, em oferta de manjar e libação para o Senhor, vosso Deus?
Tocai a buzina em Sião, santificai um jejum, proclamai um dia de proibição.
Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva, do seu tálamo.
Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa o teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele; porque diriam entre os povos: Onde está o seu Deus?