E propôs-lhes uma parábola dizendo: certo senhor feudal tinha muitos súditos e o seu feudo era muito grande, se estendendo de norte a sul, de leste a oeste e era muito rico.
Seus súditos eram leais e amavam o seu senhor. Quando era necessário deixavam suas casas e às vezes até a própria família a fim de estender o feudo para seu senhor. Cada um trabalhava horas a fio, incansavelmente e faziam isso não porque tinham interesse próprio, mas porque se satisfaziam em ver o crescimento do feudo e consequentemente do senhor.
Com o passar dos anos a fama se espalhou à medida que esse feudo não parava de crescer não só em tamanho, mas também em respeito, honra, chegando ao ponto de outros senhores se unirem trazendo junto consigo as suas propriedades e os seus súditos, porque viam seriedade, zelo, amor, verdade, só para citar algumas virtudes.
Infelizmente depois de tanto crescimento, de tanta fama, de tanta riqueza esse senhor foi se esquecendo de todos os princípios que o regiam e que ele inculcou nos seus súditos. Aos poucos e sutilmente foi destruindo esses princípios e ainda mais sutilmente os substituiu por outros valores não tão nobres, na realidade deixavam muito a desejar.
O mais interessante é que vieram mensageiros de várias partes trazendo alertas, avisos, até mesmo alguns súditos (os que ficavam como atalaias sobre a torre de vigia) ao verem os perigos que advinham de tais mudanças alertaram o senhor, mas de nada adiantou tais alertas. Com o crescimento, a fama e a riqueza vieram também à altivez, o orgulho, a vaidade, a ganância, os conchavos, as guerrinhas, a falta de respeito, a falta de amor, em suma a iniquidade foi crescendo no coração daquele senhor.
Sobre a vida desse senhor, bem como da vida de seus súditos havia um Rei, soberano, justo, imparcial, que não faz acepção de pessoas, que faz justiça e juízo a todos os oprimidos. Esse feudo, apesar de muito grande, fazia parte desse Reino e como tal estava sujeito a Sua constituição.
Foi esse Rei, ao tomar conhecimento dos desvios de conduta do senhor, que enviou todos os mensageiros de várias partes para trazer todos os alertas e avisos e que também avisou os atalaias sobre os perigos que estavam por vir.
Os súditos ao verem a mudança de seu senhor e o afastamento dele da Constituição do reino a que fazia parte esse feudo, se lembraram de que uma das leis da Constituição era que os súditos deveriam imitar o senhor à medida que ele era imitador do Rei. Assim sendo uma vez que esse senhor deixou de imitar o Rei os seus súditos deixaram de ter qualquer obrigação para com ele. Por isso muitos deixaram esse senhor e se mudaram de feudo.
Infelizmente a história se repetiu e alguns “espertos” aproveitaram para unir aqueles que não tinham muito conhecimento com aqueles que não tinham responsabilidade e fundaram pequenos feudos, onde o compromisso é parcial com o Rei e vivem divididos entre cumprir a Constituição do Reino e o viver a sua própria maneira, fazendo um ou outro de acordo com a conveniência.
Felizmente, a maioria, aqueles que tinham compromisso com o Rei e que viviam de acordo com a Constituição do Reino optaram por sair daquele feudo e abandonar aquele senhor e continuar seguindo e servindo ao Rei sendo obedientes a Ele e a Constituição. E continuaram com o crescimento do Reino, já não tão preocupados em defender feudos, mas sim defender o Reino, servir ao Rei e ampliar o Seu território.
Aquele senhor continuou com o seu feudo e ficou com um remanescente, mas jamais assumiu a sua culpa, continuou colocando a culpa em todos aqueles que o deixaram. Continuou falando em nome do Rei, mesmo quando o Rei não lhe dizia nada. Os súditos que ficaram com ele, sem se aperceberem, se distanciaram do Rei e da Constituição, passando a viver no limite entre o certo e o errado. Quantas vezes tiveram que usar a mentira para continuar com a tentativa de crescimento do feudo, apesar de já não ser mais tão poderoso quanto antes. Quantas oportunidades de arrependimento esse senhor teve e pelo que diz a história ele desperdiçou a todas.
O Rei nunca desistiu do senhor e de seus súditos, oferecendo sempre oportunidade de arrependimento e de reconciliação. O requisito exigido sempre foi: abandonar o orgulho e a vaidade.
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Dizem que quando alguém tem um telhado de vidro ele está sempre atirando pedras nos telhados dos vizinhos. Isso nos diz que quando alguém é culpado e não reconhece o seu erro está sempre a por a culpa dos problemas no outros e não em si mesmo. Diz-nos também que ao fazer isso está ocupando seu tempo em encobrir os seus erros e gastando tempo em culpar os outros. Sabemos também que quando algo não vai bem a culpa não é dos outros e sim nossa, pelo menos em 80% das vezes ou mais.
Então, hoje se ouvirdes a Sua voz não endureçais o seu coração…
Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, a esse ouve. João 9.31
DEUS continue te abençando linda parabóla