“Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo” (At. 9:17). Aquele homem terrível que ia no caminho de Damasco com ordens para prender e examinar (torturar) cristãos teve um encontro marcante com o Senhor Jesus Cristo (Atos 9), viu um clarão mais forte do que o sol ao meio dia e ouviu uma voz, ali o terrível homem foi transformado, ele ia aprender o quanto devia padecer pelo nome de Jesus Cristo. Desde o princípio esse homem, após o seu processo de arrependimento e transformação foi cheio do Espirito Santo. Aquele clarão lhe provocou uma cegueira temporária e umas escamas lhe surgiu nos olhos impedindo a visão, quando Ananias impôs as mãos sobre ele essas escamas caíram e a visão retornou. Na realidade Saulo passou a ver física e espiritualmente. Como nós, homens de Deus precisamos disso, termos visão física e espiritual.
Homens de visão, boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, cheios de fé e do Espírito Santo (Atos 6:3,5). Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo (Atos 6:8). O modelo a ser aceito, vivido e ensinado não pode ser nada menos do que o modelo da igreja primitiva, descrito em Atos dos Apóstolos. Qualquer coisa inferior a isto simbolizará fracasso e destruição. O desejo de Paulo foi que pudéssemos ser como ele, e podemos ser: “E disse Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias (At. 26:29). Padrão de um homem de Deus: Enviado por Deus, moldado por Deus, cheio de Deus, incendiado por Deus.
Ninguém pode fazer a obra de Deus sem ser cheio do Espirito Santo! “Enchei-vos do Espírito”, ou seja, fiquem ensopados do Espírito. É preciso ficar tão encharcado que cada fio de tecido de sua vida receba a cor do Espírito. Assim, quando você for mal interpretado, ou pressionado, a única coisa que emanará de você será a natureza de Jesus!
Ser cheio do Espirito Santo é o mesmo que ser cheio de unção. Mas o que é unção?
Será que é rodopiar como um pião, ou gritar como um maluco, saltar como um tresloucado, derrubar pessoas como efeito dominó empunhando um casaco na mão? Há muita confusão sobre unção, chamando aquilo que não é sequer a presença de Deus. Chamar de circo e palhaçada o que tem por ai, é denegrir uma arte tão antiga e que emprega tantas pessoas. A unção, pois, aquele calor suave, brando, alentador e ao mesmo tempo luminoso, que ilumina o espírito, penetra o coração, movendo-o, transportando-o, e que é transmitido, por aquele que o recebeu, às almas e aos corações que também se acham preparados para recebê-lo. A unção é sentida, é experimentada, porém não pode ser analisada. Produz silenciosamente a sua impressão e sem a ajuda da reflexão. É transmitida na simplicidade é recebida do mesmo pelo coração para o qual passa o calor do pregador. Com efeito, como transforma o homem no púlpito o revestimento de poder, o sopro do céu.
Por definição UNÇÃO é Ato ou efeito de UNGIR (Êx 25.6), derramamento do Espírito Santo sobre os que crêem (1Jo 2.20). Do grego chrisma, qualquer coisa untada, unguento, geralmente preparado pelos hebreus com ervas aromáticas e óleo. Unção era a cerimônia inaugural para os sacerdotes. UNGIR é pôr AZEITE na cabeça de uma pessoa. Profetas (1Rs 19.16), sacerdotes (Êx 30.30) e reis (1Sm 16.1-13) eram ungidos. Tanto “o Cristo” (grego) como “o Messias” (hebraico) querem dizer “o Ungido”, um dos títulos de Jesus, a quem Deus escolheu para ser o Salvador da humanidade (Jo 1.41; At 4.26-27). Óleo perfumado que era usado também como cosmético, tanto diariamente como em ocasiões festivas e na recepção de hóspedes (Dt 28.40; Lc 7.46). Do hebraico mashach, untar, ungir, espalhar um líquido, ungir (como consagração), consagrar. Do grego chrio, ungir, consagrando Jesus para o ofício messiânico e concedendo-lhe os poderes necessários para o seu ministério, revestindo os cristãos com os dons do Espírito Santo. Num sentido mais amplo chraomai, receber um empréstimo, tomar emprestado, tomar para o uso próprio, usar, fazer uso de algo. AZEITE é óleo tirado de azeitonas, as quais são produzidas pelas OLIVEIRAS. Era usado na alimentação (1Rs 17.12) e para pôr em ferimentos (Lc 10.34), para passar no corpo como cosmético (Sl 104.15), para iluminação (Mt 25.4), para a UNÇÃO de doentes (Tg 5.14) e de hóspedes (Lc 7.46). Pela unção pessoas eram separadas para serviço especial; reis: (1Sm 10.1); profetas: (1Rs 19.15-16); e sacerdotes: (Êx 28.41) e também objetos sagrados (Êx 30.22-33).
Recebemos por empréstimo do Senhor os dons, poder, autoridade para desempenharmos a Sua obra. Nós precisamos e devemos desejar isso em nossas vidas. A plenitude do Espírito Santo de Deus é condição indispensável para anunciarmos a Palavra de Deus com intrepidez e poder. Quando veio sobre eles a unção, tornaram-se tão poderosos não só na coragem, mas também nos resultados. Não haja, porém, mal entendido a respeito desta verdade: o Espírito Santo não é um poder para nós usarmos e sim uma pessoa que toma conta das nossas vidas e realiza por meio de nós o seu ministério.
William Arthur Ward pastor, professor, escritor, administrador, originário dos Estados Unidos fez a seguinte afirmação: – É somente esperando diante do trono da graça que nos tornamos imbuídos do fogo santo. Todo aquele que espera longamente, confiantemente, ficará envolto nesse fogo, e sairá de sua comunhão com Deus exibindo os sinais de onde esteve. Para o crente individual e, acima de tudo, para cada obreiro da seara do Senhor, a única maneira de adquirir poder espiritual é mediante a espera secreta perante o trono de Deus aguardando o batismo do Espírito Santo. Por conseguinte, se você deseja que a sua alma fique sobrecarregada do fogo de Deus, de forma que aqueles que se aproximarem de você sintam uma tremenda influência, você terá que aproximar-se bem perto da fonte originária desse fogo até as cercanias do trono de Deus e do Cordeiro, isolando-se inteiramente do mundo, que num segundo pode furtar nosso fogo espiritual. Entre em seu aposento, feche a porta e ali, isolado de todos, diante do trono da graça, espere pelo batismo. Então o fogo do céu haverá de enchê-lo. Somente assim é que você não trabalhará acionado por suas próprias forças, mas sim “… em demonstração de Espírito e Poder”.
Você está pronto? Para quê? Para crer em Deus! Pronto para descobrir o que Deus tem reservado para você! Pronto para entrar hoje mesmo nos planos que Deus tem para sua vida!
O que vem a ser? Segundo Charles Finney é: Poder de uma vida santa, poder de uma vida de abnegação, poder de uma vida de quem leva a cruz, poder de grande mansidão, poder do amor na proclamação do evangelho, poder de ensinar, poder de uma fé viva e cheia de amor, poder maior para operar milagres, poder de coragem moral para proclamar o evangelho e cumprir as recomendações de Cristo, custe o que custar, dom de línguas, dom da inspiração (revelação de muitas verdades que antes não reconheciam)
“Minha alma suspirava e lhe suplicava que repousasse sobre mim porção dobrada daquele espírito que foi dado a Elias. E o que me alentava e fortalecia divinamente a alma, era o que eu via: que Deus é o mesmo que era nos dias de Elias. Parecia que nada era demasiado difícil para que Deus o efetuasse; nada demasiado grande para que eu o esperasse dele”. Brainerd